XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Lavanderia


Lavanderia


Esfrega
sem dó ou medo
nódoas de dor em mim 
são tão banais

Quara
no tempo, arde
no chão da história 
meus puídos ais

Enxágua
na abundância
meu pranto aberto
já não para mais

Seca
flor da caatinga
não há mais broto, 
vê se me deixa em paz

Passa
pelas beiradas
vai e não volta
com esse amor fugaz

Guarda
Dentro do ontem
Prazer maduro que te dei a mais

Usa
Mesmo por gula
Mas não abusa 
teu encardido já não me apraz

Esfrega...



Maria Regina Alves

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