Pai
Em que rio estará o nosso Pai?
N´alguma grota úmida
dos canaviais?
N´alguma grota úmida
dos canaviais?
Atrás do sol, dos bambuzais?
Em que noites estarão
as nossas inquietações?
as nossas inquietações?
Na calma encoberta
por instigantes canções?
Na estrada deserta
que leva a outras estradas?
por instigantes canções?
Na estrada deserta
que leva a outras estradas?
No conceito sereno
de que tudo é nada?
de que tudo é nada?
Com quantos paus
construiremos nosso Pai?
É Pai mesmo?
Um helicóptero?
Um espelho?
A estação do trem?
construiremos nosso Pai?
É Pai mesmo?
Um helicóptero?
Um espelho?
A estação do trem?
Um cobertor que afasta
os nossos frios?
os nossos frios?
Em que mares,
em que florestas
existe um pássaro
chamado Pai?
Em que mesa
sentaremos um dia
quando o Sol não aparecer
e a medida da vida se perder?
Levaremos flores?
Choraremos néon?
Acreditaremos em Deus?
Existe existe?
A palavra existe?
Se não, por que insiste?
E nos embriagamos de mistérios...’
em que florestas
existe um pássaro
chamado Pai?
Em que mesa
sentaremos um dia
quando o Sol não aparecer
e a medida da vida se perder?
Levaremos flores?
Choraremos néon?
Acreditaremos em Deus?
Existe existe?
A palavra existe?
Se não, por que insiste?
E nos embriagamos de mistérios...’
Martinho Santafé
autor de Manual Para Assassianar Frangos
poema vencedor do IIIº FEstCampos de Poesia Falada
Campos dos Goytacazes -2001
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