O sonho suado transbordante
que arrasta a realidade
Eles têm medo
dos poetas que incomodam
Eles têm medo
da alegria que somos capazes
de arrancar do futuro
Eles têm medo
daqueles que inventam o mar
na pia do banheiro
e as estrelas no céu da boca
Eles têm medo
dos que andam com a cabeça-madura
enquanto os pés estão numa verde-aventura
Eles têm medo
do jogo transparente onde o goleiro
é um doido de pedra embaixo
de uma trave de arco-íris
Eles têm medo
de uma arte diferente
que ilumina o cotidiano
com a fúria que nos amanhece
de uma lua quebrada da paixão
ou feito um lingote incandescente
retirado dos fornos profundos
das usinas metalúrgicas
Recomecemos o mundo!
(Sady Bianchin)
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