I
Um leão caseiro me conta que
está a caminho para sua jaula.
Ele vive entre livros antigos
e mobiliários usados
por crianças adultas mortas
no milênio passado.
As patas se perdem
no labirinto das nervuras
espelhadas nos dois lobos
do seu cérebro de prata.
Com olhos de esfinge
a fera os meus fita
e ultima: Decifra-me!
Ou me devoro.
Angélica Torres Lima - DF
In Revista Z - Ano I - N° 2 - DF
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