eu sou
cavalo selvagem
não sei do
peso da sela
não tenho
freio nos beiços
nem
cabresto
nem marca
de ferro quente
não tenho
crina cortada
não sou
bicho de curral
eu sou
cavalo selvagem
meu pasto
é campo sem fim
para mim
não existe cerca
sigo
somente o capim
eu sou
cavalo selvagem
selvagem é
minha alegria
de ser
livre noite e dia
selvagem é
só apelido
meu nome
mesmo é cavalo
cavalo
solto no pasto
veloz
carreira que faço
lavrado
todo atravesso
caminhos
no campo eu traço
eu corro
livre galope
transformo
galope em verso
eu sou
cavalo selvagem
sou
garanhão neste campo
eu sou
rebelde alazão
sou
personagem de lendas
sou
conversa nas fazendas
sou filho
livre do chão
eu sou
cavalo selvagem
meu mundo
é a imensidão
Eliakin
Rufino
In Cavalo
Selvagem
VALER
Editora
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